sábado, 28 de junho de 2008

tocando em valencia

                Palau de les Arts de la Ciudad de las Artes y las Ciencias

Noite gloriosa no Flow, um pub (quase club) em Valencia. Foi muito animador, as pessoas se amarraram no meu live, teve direito a aplauso "em cena aberta", o que e uma das coisas mais gratificantes em apresentacoes. 3:30 da manha, com a casa cheia, acabei a apresentacao e o povo ovacionava. Muita gente veio me parabenizar, e o Sais, meu anfitriao e dono do Flow, ficou de queixo caido, disse que queria ser meu empresario, meio de brincadeira, mas ele ficou realmente entusiasmado em me trazer de novo em breve. (Falou que meu estilo eh o maximal, que o maximal eh o oposto do minimal, eh a mistura, eh o futuro.. "maximal" seria mais ou menos um termo bonito pra "samba do crioulo doido"..rssss )

Mas pra resumir logo, os melhores comentarios da noite, feitos pelo publico: 
- Voce ta pronto pra festivais, imagino isso tranquilamente pra 15 mil pessoas dancando!
- foi a coisa mais original que ouvi nos ultimos anos
:)

algumas fotos aqui (fialmente fiz uma conta no flickr)

tou felizao.. proxima parada: Austria! Linz e Graz, duas cidades perto de Viena.

turistando

Ha 13 anos nao vinha em Valencia. A cidade mudou muito, cresceu bastante, bairros que eram perifericos, como o que eu estou, ja nao sao mais e valorizaram consideravelmente.
Estou praticamente do lado da Cidade das Artes e Ciencias, onde esta o Palacio das Artes, foto acima. Eh uma obra megalomana, monumental, e soube que a cidade ta endividada por mais 20 anos, devido a emprestimos de dois bancos pra realiza-la.
Falando especificamente do Palau de las Arts acima, onde fica a Opera Rainha Sophia, a arquitetura eh impressionante, e muito fincada no modernismo catalao, que se inspirava em formas da natureza. Foi inevitavel comparar com o Palau de la musica catalana, onde fui semana passada. Com quase 100 anos de diferenca, eh como ver a megalomania arquitetonica modernista 100 anos depois, com a mesma exuberancia, mesma pretensao, seguindo uma coerencia arquitetonica (dessa vez eu chamaria de modernismo catalao futurista), sendo igualmente criticada e com a mesma proposta: ser uma casa de espetaculos.
Passei a tarde fazendo muitas fotos da Cidade das artes. Ja tou com muitas, so de Barcelona sao quase 300, porque levei a serio a historia de fazer uma serie chamada "portas de barcelona": como os grafiteiros respeitam os muros da cidade, nas portas eh que estao os grafittis, muitos com teor politico (protesto, ideologias), numa verdadeira colagem em camadas de tempo. Os interessados em ver a "mostra" se manifestem, por favor, que as senhas serao distribuidas antecipadamente ;) 



quarta-feira, 25 de junho de 2008

artistas sonham mais?


    
                                                            "o grande masturbador" de Salvador Dali, 1929
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ser artista eh estar mais moldavel a mudancas?

por que algumas mentes "perdem" a capacidade de aprender e mudar?


Em 1895, apos analisar detalhadamente e interpretar um sonho proprio, Freud descobria que a linguagem dos sonhos pode ser uma via de acesso direto ao nosso inconsciente. A partir dai, recorreu incessantemente ao estudo de expressoes artisticas durante toda sua carreira. Declarava que o artista tinha 'uma sensibilidade intuitiva, o que o fazia acessar mais diretamente o inconsciente do que pessoas nao-artistas, que necessitavam de muito mais tecnicas e metodos para acessa-lo'.

Ou seja: certamente nao existiria psicanalise sem Michelangelo, Da Vinci, Dostoievsky, Shakespeare.. As artes, como os sonhos, sendo expressoes intuitivas do inconsciente, foram e sao um material valioso para a psicanalise.

Como comentei aqui antes, passei por uma experiencia de busca interna, e nela tive uma companhia que, alem de ser mente artistica em potencial, tem um fascinio pela psicanalise (assim como eu), o que me fez refletir: A busca por sonhos lucidos e uma constante em mentes artisticas? Ate que ponto vale buscar caminhos quimicos para conhecer seu inconsciente?

Ai entramos em uma outra questao: Quanto a busca interna, a analise de si mesmo basta para trazer realmente aprendizados?

Tenho uma teoria sobre isso: No meu ver, nosso cerebro esta fortemente condicionado a seguir e repetir padroes, logicamente porque isso faz com que sejamos "estaveis" e ajude na nossa sobrevivencia. Para que haja um verdadeiro aprendizado e mudanca de uma rotina cerebral ou habito, o cerebro deve ser levado a sair de sua rotina. A abrir um espaco para "novas programacoes". Por isso aprendemos mais e temos mais poder de mudanca em estados nao-normais, onde o cerebro nao esta funcionando rotineiramente, como em paixoes, depressoes, estados de psicodelia o ate de choque (vide os traumas, sao "aprendizados" involuntarios, que mudam de forma marcante rotinas cerebrais).

Por isso a importância de manter a flexibilidade do cérebro. Na minha opinião, quem não faz esse exercício invariavelmente vai atrofiando esse "músculo" da mudança, da evolução cerebral, de sair dessa zona de conforto.

Claro que existem formas de auto-induzir nosso cerebro, nos abrindo a novos insights e mudancas de padroes, mas isso exige treinamento, um longo treinamento de auto-sugestao (o que nao deixa de ser uma mudança de rotina tambem).
Por isso acho essa busca paralela muito produtiva: ao mesmo tempo que tentamos conhecer mais de nosso inconsciente por analise de sonhos, de nossa propria arte, pela hipnose ou experiencias enteogenas, podemos tambem nos treinar para mudar nosso padrao cerebral para acostumar nosso cérebro a sempre absorver novos aprendizados e mudancas de rotina, e assim aumentarmos pouco a pouco nosso poder de mudanca. Como fazer isso? De tempos em tempos variando hábitos, reformulando conceitos, se lançando a novos desafios, se propondo a sair da zona de conforto.


tocando em barcelona


O dia de San Juan (24) eh um evento muy, muy tradicional, que marca o comeco de verao pelo menos aqui na catalunia. Eh tao forte a data que todo mundo se joga nas pantufas de jaca; tanto que eh a unica noite comparada com reveillon: se pode fazer festa e musica sem limite de horario. Mas eu ainda nao sabia disso. E como minha amiga e anfitria Mar ia fazer uma reuniao com amigos dia 23 (segunda) que comecaria as 21h e que teria uma roda de choro, me ofereci pra tocar antes e depois do chorinho. Por supuesto que uma reuniao light acabou virando uma festa e so consegui parar quase as 6 da manha! Na ultima hora foi so audicao, todo mundo deitado apreciando vinicius, tom, miucha, jao gilberto, sarah vaughan, ramsey lewis e miles davis, vendo o dia nascer.

Justamente no dia seguinte ia fazer meu live - um dos piores dias do ano, pois todo mundo estava quebrado, ainda mais depois do fim de semana no Sonar. o Brazelona Sessions teve metade da sua lotacao habitual, tambem porque o evento nao teve cartaz, divulgacao e sequer uma informacao na porta, nem o pessoal sabia que atracoes teria, mas acabei fazendo um set divertido, dividindo com a Djiiva, uma DJ brasileira que toca black grooves e musica brasileira. Fora por amigos estarem la dando um apoio moral, me amarrei tambem porque gente que eu admiro profissionalmente como o DJ Nickodemus viu o meu live. Nao serviu tanto como termometro ou referencia por ser uma noite muito atipica, acho que vou comecar a sentir mesmo a reacao das pessoas sexta, em valencia, pois sera uma festa bem maior. 

turistando

Depois da minha experiencia extra-sensorial-emotiva-telepatica no Palau de musica catalana, hoje fui ao museu Miro. Realmente as pessoas deveriam ganhar uma dose de LSD na entrada. As obras do Mimi sao de uma psicodelia primitiva enorme, como raios x psicanaliticos de sua mente (falo mais sobre arte X inconsciente num proximo post). Gostei mais das esculturas dele, mas num plano geral, sem querer comparar mas ja comparando, prefiro uma psicodelia mais trabalhada, como a de Dali. Mas valeu muito a pena, ate porque fica num bairro lindissimo, onde fiquei viajando depois por horas. Afinal, tinha entrado na onda psicodelica pra tentar compreender o Miro, e lhes confidencio que viajei muito mais na vegetacao dos parques ao redor do que no Miro em si...

sábado, 21 de junho de 2008

sonar 21 junio (continuacao)

M.I.A., uma forte presenca no festival que perdeu as botas em algum lugar longe daqui.


Se os organizadores reclamaram que na sexta deu 60% da lotacao, no sabado deve ter dado 40%. Talvez pela pouca forca do line up, talvez pelo preco de 52 euros. Mas ainda sim era bastante gente.

Cheguei as 23:30 e ainda peguei o pedaco do show do Yazoo... sim, aquele grupo dos 80 que canta situation. Chato demais. E o line up da maior pista, a club (so pra ter uma ideia, um galpao de uns 100 metros quadrados, com nada menos que 10 teloes) deu varias mancadas pelo resto da noite, como Rings of Saturn (US), que em pleno horario de pico (3 a.m.) parou a pista com seu som ambiente super-viajandao com projecoes de fotos do espaco. Logo depois o ingles Clark fez um "live" de techno  com duas MPCs, mas o resultado final ficou pior do que usar dois cds players, e nao agradou o publico. As 5 da manha o top DJ espanhol Oscar Mulero teve que ressucitar a pista com um techno detroit caretao (no sentido tradicional). Os fritos gostaram, mas eh inevitavel a sensacao de que o techno, assim como o house e o psy (que nao rolou no sonar, pois eh considerado musica eletronica de adolescente por aqui) nao mudaram nada nos ultimos 10 anos.

Falando em idade, observei melhor e vi que a faixa etaria mais forte do Sonar foi entre 25 e 35 anos. Isso deve abaixar ano que vem, ja que o festival esta a cada ano mais pop.

miss kittin apenas ronronando

Todo mundo so falava na francesa, e quando estava pra comecar so se via um rio de gente indo pro sonar pub ( a segunda maior pista, esta ao ar livre. As outras foram park e lab), deixando as outras sensivelmente desfalcadas. O anunciado "live" da moca se resumia a ela mixando as bases de suas proprias musicas (techno e eletro bem produzidos, mas com nada de surpreendente) e com um microfone na mao cantando suas letras pop, como "kittin is high", atras dos Cd players. Deu uma sensacao de enganacao, e deu saudade da heroica Peaches, aquela sim sabe segurar um show sozinha sem deixar a peteca cair.

M.I.A. miou.

Enquanto isso Buraka som sistema fez DJ set e agradou, levou a pista de umas 50 pessoas para umas 500, no final do set. Depois de aprender mais passos de danca tipicos deles, pra minha surpresa fui me apresentar pro Lil' John dizendo que eu era o "Lucio do Brasil" e ele falou "Lucio Kappa??" rsss... Trocamos CDs e combinamos outras coisas. A M.I.A., que se apresentaria depois, faltou, e o curitibano Bonde do Role a substituiu, sendo os unicos representantes brasileiros do festival, em uma apresentacao constrangedora. Eles tinham que fazer eh o "melo da cara de pau" de tentar ganhar dinheiro gigolozando o estereotipo de "brasileiro eh so putaria". Um gringo do meu lado perguntou sarcasticamente, enquanto dois deles simulavam uma posicao sexual no palco "no Brasil todo mundo eh assim?" e eu respondi no meu portunhol:"si, todo el mundo, toda la hora!!" rsss... As bases do BDR sao simplorias, sempre sampleando riffs manjados (e datados) de pop e rock + batidas do funk carioca, como o Edu K ja faz ha muito tempo. Os 4 integrantes gritavam (e pra piorar, as vozes estavam 5 vezes mais altas que as bases, ate parecia que o operador de mesa queria boicotar a apresentacao) letras sexuais ultra-apelativas, sem o menor conteudo (nem sequer ha duplo sentido!) ou originalidade. Me fez ter saudade de quando eu tocava com o Funk Fuckers, isso sim!

e a mistura ta chegando...

Foi surpreendente o festejado Girl Talk nao ter sido escalado para o festival, afinal atualmente ele realmente eh um dos expoentes maximos em termos de discotecagem, apesar de afirmar mil vezes que "nao eh DJ". Mas o mash up nao fez feio: a maior surpresa da noite foi o nova-iorquino A-Trak que aos poucos conquistou o publico e promoveu uma catarse coletiva. Primeiro porque ele faz suas proprias versoes, seus bootlegs de musicas club/dance, surpreendendo a todos (viva a liberdade digital, nada disso seria possivel usando vinis). Segundo porque ele tem uma tecnica perfeita misturando efeitos digitais (muitos e bem usados, sem cansar) e turntabilism,  tudo com serato (alias, so vi 2 djs no festival usando vinil), terceiro porque ele promove a mistura, um set que varia de estilo e bpm, contando uma historia cheia de referencias de musica pop, hip hop e club music. O futuro ta nas misturas, so falta os curadores do Sonar se ligarem nisso pra que a proxima edicao seja ainda mais interessante.

sonar 20 junio



Imagine um Skol Beats em Barcelona, um dos maiores centros turisticos da Europa. Em resumidas palavras, o Sonar eh isso. Sempre tive a ideia de que era um festival que priorizava novas tendencias, experimentalismos e nomes promissores, mas parece que cada vez mais as atracoes sao mais pop - basicamente todo mundo que eh hypado pela midia de musica "alternativa". O que nao fez o festival menos surpreendente, ja que mesmo comparando com as melhores edicoes do Skol Beats, as atracoes foram melhores escolhidas, a estrutura de som/luz/video eh BRUTAL, o lugar da edicao noturna, ha 5 anos, eh uma especie de um enorme e bem estruturado centro de convencoes.
Esse ano anunciaram que na sexta (segundo dia do festival, de 3) esperavam 40% a mais de publico. Ainda bem que nao deu lotacao, porque mais cheio do que estava ia ser desconfortavel. Chutando por alto, umas 15 mil pessoas dancando na maior alegria ate as 7 da manha, horario em que sai. A assessoria oficial divulgou que ao todo, nos 3 dias de dia e de noite, foram 85 mil pessoas.

dubstep

Verifiquei um pouco de alguns DJs classicos, como Richie Hawtin e Frankie Knuckles, e nomes mais hypados como Justice e Hercules and Love Affair, que nao me surpreenderam; fiquei ligado mais nas novas tendencias.
Assim que cheguei, fui conferir o meu primeiro set de dubstep, com um dj ingles chamado Mala. Primeiro set in loco, pois o dubstep eh isso: so faz sentido em um enorme sistema de som. O drum'n'bass eh a 'ciencia' das batidas aceleradas e cheias e o subgrave, ja o dubstep eh a 'ciencia' do subgrave. A batida eh economica e minimalista e as linhas de baixo sao todas de subfrequencias, as vezes uma so nota durando 8 compassos. Esse subgrave que da a onda. La no meio desse minmlismo, aparecem alguns elementos as vezes como synths, samples ou MC ao vivo, soltando umas frases, sem mandar o rap linear que funciona em outros ritmos como o db. Basicamente a onda do reggae levado a extremos sensoriais. 
O clima tava descontraido, duas vezes desconhecidos me ofereceram um "porro"(Mas eu eu consegui levar a noite inteira sem drogas, nem sequer uma misera, cafeina, um unico chiclete com aspartame! Tudo que consumi foi agua, 2 fatias de melancia [sandia, 1,30 euros], 1 pessego [melocoton 1,30], uma maca verde [me deram] e de manha um mix de castanhas e frutas desidratadas [2,oo] compradas num posto 24h. ;) ).

um exemplo da cena dubstep londrina, dj kode9

Apesar dessas novas tendencias terem ficado na menor pista (menor sistema de som, a unica sem telao), o sound system estava otimo, que maravilha curtir um sistema como tem que ser: nao estava agressivo, e o grave envolvente. A 10 metros das caixas, mesmo sentindo o nariz e o ceu da boca vibrarem com o grave, dava pra conversar numa boa.

A cada linha de baixos subgraves que estouravam nas caixas, o publico vibrava. Ai esta um ritmo produzido especificamente pra sistemas grandes. Nao teria a menor chance no Brasil, onde essa "tecnologia" de sistemas de som com atencao no subgrave ainda(!) nao chegou. Como o dubstep nao faz o menor sentido em caixas caseiras ou num fone de ouvido (que nao reproduzem essa onda do subgrave no corpo), eh um ritmo que nao tem o menor futuro comercial (venda de musicas pro grande publico), por exemplo. Ate mais do que ritmos como techno ou drum'n'bass, deve ser curtido naquele contexto, in loco, como falei acima.

buraka som sistema

Realmente o luso-angolano Buraka tem uma pegada muito boa, o Lil' Johnny, o produtor "cabeca" do grupo, eh muito talentoso em grooves e timbres, e o resultado eh um som original, interessante, que mexeu todo mundo. Houve um momento em que eles fazem uma referencia ao Brasil, e tentam apresentar um funk carioca estilizado, misturado com kuduro e loops de samba, que realmente nao funcionou bem. Apesar de um pouco verde em performance ainda, o potencial eh grande, so falta uma direcao maior de palco, movimentacao etc. Valeu e muito. Hoje tem mais Sonar, e depois conto mais.



+ 1 dica do manual de sobrevivencia da noite


Sempre tive alergia a cigarro, mas com a chegada dos 30 tudo intensificou. Depois de quase um ano penando com rinite alergica e olhos ardendo, e de ter consultado uns 3 medicos que so me passaram remedios caros e ineficientes, um taxista salvou minha vida, falando simplesmente "eh so lavar o olho e o nariz com soro quando chegar em casa" ..Voces veem que mundo louco: taxista sabe muito mais que medicos formados pelo sistema! rsss...
Dai que descobri aqui na espanha algo que deveria ter no Brasil, olhem que pratico: uma caixinha de 5 euros vem 30 ampolinhas plasticas, voce leva no bolso e no fim da noite pinga nos olhos e nariz, se livrando da fuligem que se nao for lavada fica ali e provoca alergia.

Aproveito e dou outra dica: prefiram sempre soro do que colirio, pois o colirio tem substancias vaso-constritoras que detonam o olho se for usado constantemente. Conheci gente que usava moura brasil todo dia e teve serios problemas depois.
 

quinta-feira, 19 de junho de 2008

nhec nhec

Ouvi dizer que a comida espanhola eh uma maravilha, mas na verdade soh me surpreendi, por enquanto, com a do oriente medio, que ta aqui por todo canto. Meu almoco preferido ate agora eh o Falafel. Por 3 euros voce tem uma refeicao totalmente vegetariana, onde os bolinhos sao postos no pao arabe e voce pode se servir a vontade de varias saladas, picles, grao de bico, azeitona picada e molhos de tomate, picante e ate iogurte... dilissa.

E a comida espanhola? Paella nao me encanta. Recomendacoes?

donde esta la movida?

Pois eh, el corujon musical mais uma vez partiu em missao de descobrir algo bom na noite de Barcelona, mas ainda nao foi dessa vez. Depois de passar em um drum'n'bass decadente, fui a uma fantastica casa de shows chamada Apolo (fui no chute, ja que se quinta que vem eu estiver aqui, vou ver um Dj chamado Quantic que tocara la), tava cheia, mas teve dois shows pessimos e dois djs piores ainda. Falando serio, depois do que vi hoje acredito que aqui na Europa qualquer pessoa pode ter uma banda e quelquer um pode ser DJ. 

Tempos estranhos esses, o visual dos 80 na moda e a disco music dos 70.. Tudo parece muito repetitivo, sem criterio e vazio. Acho que ate a noite, a relacao das pessoas com as drogas (principalmente cigarro e alcool) e tudo o mais ta decadente, precisando de uma reformulacao, uma nova ordem. Certamente ha muita carencia de uma vida mais inteligente, conceitual e mais saudavel na noite do mundo inteiro. Afinal, assim como eu tem um monte de gente de 30 e poucos anos que nao aguenta mais ficar no esquema de se embebedar pra conseguir se divertir, ta disposta a pagar um pouco mais por entretenimento com qualidade, diferente, excitante, nao aguenta mais os mesmos padroes musicais. Como diz Gilles Peterson, " in new DJs we trust".

Amanha tem o meu primeiro dia de SONAR, mal posso esperar pra ver o Buraka Som Sistema, uma das coisas eletronicas mais bacanas que vi nos ultimos tempos. Hasta pronto.

amem



Depois de uma bela caminhada no bairro gotico, tirar fotos pelos mercados, tomar horchata de chufa e fazer compras numa lojinha bem legal chamada kukuxumusu, tudo isso de baixo de um solzao increible, vou me render a siesta. Permisso.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

barcelona, primeiro dia

Me disseram que hoje eh o primeiro dia de calor pra valer. A cidade parece ter se agitado e tou me sentindo um pie caliente.. Barcelona eh linda, uma atmosfera cativante e o que nao faltam sao bares, pubs, restaurantes e vendedores de cerveja ilegais nas ruas de noite.

A surpresa comecou quando conheci (hoje!) a minha anfitria, a Mar. Ela nasceu no mesmo dia, mes e ano que eu! Fizemos os calculos com o fuso-horario e concluimos que sou uma hora e meia mais velho que a figura. Mas ela parece ser bem diferente de mim, é agitadissima, tipo 220 volts, e preocupada com tudo. Eh gente bonissima, vai viajar dois dias e me deixar aqui, num terraco bem legal, um ap muito bonitinho e ainda com um computador, vamos ver se me entendo com ele e acho os acentos amanha.

Agora sao 3:30 da manha, acabei de chegar de uma noite de breakbeats, mas os DJs achei bem fraquinhos. Fui la porque eh o lugar onde tocarei terca que vem, o Sidecar, e queria ver. Mas antes fiz uma maratona em pubs e bares. Nas ruas, toda hora se ouve um brasileiro na muvuca, tem demais, impressionante. E tb ta cheio de ingleses.

Em breve conto mais novidades, o sono ta forte e amanha eh un dia longo (anoitecendo 22h).

segunda-feira, 16 de junho de 2008

série eroti-k

Thumbs de algumas obras minhas lá de 2002. Todas de detalhes de fotos da net recolorizadas. Na época tive um fotolog, que tava indo muito bem, mas um dia que coloquei um peito eles me deletaram sem nenhum aviso ou negociação, dizendo que era proibido imagens repugnantes, atos obscenos, racismo, pedofilia e NUDEZ (pobre nudez, quem diria que tá no mesmo "saco" do que essas outras coisas). Norte americanos...











sábado, 14 de junho de 2008

filosofia de academia


moral da foto: quem se preocupa demais com o corpo acaba esquecendo a cabeça.



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Logo depois que fiz 35, um belo dia achei que meu corpo tava muito "pesado", uma sensação inédita de que eu tava com "massa demais", e quis me sentir mais leve. Depois de fantasias com projeções astrais ou de viver dentro de um aquário, caí na real e pensei: "simples, se eu emagrecer uns 10 quilos e fortalecer meus músculos, vou ficar muito mais leve". E pela primeira vez encarei que fazer musculação pode ser uma boa pra alguns casos (antes só era a favor de atividades mais naturais, mais fisiológicas).

Começei a frequentar uma academia aqui perto de casa, que, por ser baratinha e não ter "glamour", tambem nao tem pose e posers. É um povo misturado, e adoro a mistura, principalmente quando ela inclui gente humilde, que considero no final das contas "gente de verdade". Mas não é por não ter pose que não tem excessos. Volta e meia tem garotos falando de suplementos, bombas, hormonios etc.

Um dia desses tinha um grupinho falando sobre suas experiências com creatina e outras substancias cretinas. O dono da academia tava passando e começou dar sua opinião, que irei repetir ipsis litteris: "Esse pessoal hoje em dia tá muito preguicoso. Dois bifes te dão mais creatina que uma porção daquele pote de 200 reais. Ao invés de comprar um pote de whey protein de 100 reais, é só bater uma banana, uma clara de ovo e leite depois do treino. Mas todo mundo prefere se entupir de quimica. Aí o fígado vai penando. E aí vem os que enlouquecem: O cara toma um shot de testosterona maciça, vai na hora malhar com o pau duro, mas depois ele fica mais de um mes sem conseguir ter ereção". Os outros firaram rindo, e um frequentador "um tanto outsider" falou: "que louco, né? O engracado é que os caras que querem malhar excessivamente nao o fazem pela saúde, o fazem pela aparência.. ou seja, no fim das contas é pra pegar mulher (ou homem, claro)! E daí ele fica bombadão, mas impotente.. qual o sentido? Isso mostra o quanto a imagem ta se sobrepondo totalmente a qualquer outro valor".. E o dono respondeu "Pode crer, agora voce falou uma coisa certa.. E muitos vão compensar a pobreza intelectual com a imagem, com a truculência, porque acham que se mostrarão mais machos assim". Seguiu-se um clima constrangedor no grupinho, mas sem mais argumentações.

Mundo louco esse. Mas me tranquilizou um dono de academia pregar isso entre os clientes. As coisas têm salvação.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

aos namorados


dia dos namorados, ê datinha safada, só pode ter sido criada pra quem não tem boa vontade de dar presentes toda hora pro seu amor ou pra os comerciantes poderem ganhar o seu...

Mas.. além de reclamão, sou tambem romântico, então aqui vai o meu texto do dia. ;)

pra quem não viu ainda...

.. textos meus antigos no OVERMUNDO

- CONCURSO DE MICOS - UM ESPORTE SOCIAL
- NOSOS ÓDIOS GRATUITOS DE CADA DIA
(esse último tá bem baiano... do tipo "gaste menos energia, ódio dá um trabaaalho" :))

segunda-feira, 9 de junho de 2008

sonhos consumistas


Apple anunciou hoje o lançamento do iPhone 3G pra julho.
Nunca luguei pra celulebas, mas reparem os prós e contras:

prós:
- duzentos dóla o de 8 G
- trezentos dóla o de 16 g
- mais de 2 vezes mais rápido que o anterior
- mapa, GPS, visualizacao de videos, fotos, ipod (16 gigas nao dá pra coleção inteira, mas dá musica até cansar), acesso a internet, gravacao de som, camera (discretíssima), joguinhos (Ayla gosta, hehe..) e até download de músicas. Quando testei o primeiro fiquei boquiaberto, imagina este...

contras:
- vivemos em uma cidade cheia de malandro, 90% das pessoas (ricos ou pobres) afanariam um, tendo a oportunidade.

Mas eu vou peitar, malandragem. É fantástico, a tecnologia chegou a um ponto de disponibilizar um computador pessoal por duzentusdóla! Esse ano ainda tenho um. Em breve chego à meta de trocar meus dois pcs e dois notes por apenas um macbook (com alguns hds externos USB) e um iphone.

E escrevam o que eu digo: em 5 anos nao existirá mais celular com tecla. E eu ainda sonho em em breve discotecar com touch screen. Vinil é o c*ralhooo!

Imagem é tudo


A tecnologia tem dessas coisas engraçadas: chegam de repente, fazem uma revolução nos costumes, mas demora um tempo pra gente se adaptar totalmente, pra se definir uma etiqueta (ou seja, um bom senso) naquele novo contexto.

Há pouco mais de 6 anos comprei minha primeira digital: uma sony cybershot p-1, de 600 dólas. Calculei o custo X beneficio e vi que se eu tirasse 200 fotos por mês, em um ano a camera se pagava (levando em conta preço de filme, baterias, revelações, scannings que eu nao ia mais precisar fazer, etc). Lembro que a maquininha era a "atração" em todos os lugares em que eu ia, pois a camera digital era ainda desconhecida e estava fora de cogitação pras pessoas. Mas logo depois houve o boom das digitais e rapidamente a camera com filme se tornou item em extinção. Lembro que houve vários que profetizaram que a foto digital não ia pegar.. Mas uma coisa é certa: o erro nisso é a comparação das mídias. É melhor encarar que é um outro formato, uma outra concepção de fotografia. Porque é: demorou muito tempo pra eu me adaptar que podia tirar foto sem me preocupar com o fator custo ou desperdício, por exemplo.

Mas com o estouro das digitais vieram os problemas relacionados a isso: Imaginem, são petabytes e petabytes de imagens sendo criados a cada segundo no mundo inteiro. No plano pessoal, as pessoas de uma certa forma estao mais obcecadas por imagem, e as vezes a gente depara com a cena da pessoa estar vivendo uma situação única e, em vez de estar o aproveitando com seus olhos, está vendo tudo por trás de um visor, porque preferiu filmar do que viver o momento. Sem contar nas pessoas que esquecem que é fundamental fazer backup, pois as fotos tem um valor inestimável, e acabam perdendo centenas de fotos..

Já num plano coletivo, acho que vivemos a "geração sorriso congelado": Deslumbre da facilidade de tirar fotos + acesso a tecnologia e baixo custo + vida social poser + ditadura da felicidade = cenas um tanto... estranhas, pra ser delicado, como por ex: em uma festa, em plena pista de dança (lugar de movimento e descontação, por supuesto), de minuto em minuto um grupo congelar e ficar todo mundo com um armado e constrangedor sorriso "social". E as vezes por intermináveis dezenas de segundos..

Mexe tudo.. digo.. PARA tudo! Vamos pensar bem: qual o sentido de posar pra uma foto? A câmera deve registrar o espontâneo ou a imagem ensaiada que queremos passar pro mundo? As pessoas tão ficando muito apegadas em imagem, a ponto de desprezar o real, natural, espontâneo? As pessoas estão supervalorizando a imagem e nao consideram a relatividade dela? Não consideranto que uma mesma pessoa pode ficar "linda" ou "horrenda" (no sentido careta da palavra, ou seja, o purtamente visual) dependendo apenas de um angulo ou de uma iluminação?

Vejo de uma forma simples: Fotos não representam a realidade, elas sao apenas uma pobre referência dela. Já fui até acusado de ter obsessão por guardar imagens, mas apenas acho prático e divertido, pois não só tirar fotos com regularidade é uma forma nova e interessante de documentar minha vida como tambem me ajuda na cronologia das coisas, no futuro. Mas sempre ciente de que a foto nunca substitui ou representa a realidade.. Tanto que muitas coisas eu sei que nem vale a pena documentar com fotos ou videos, porque a emoção do momento é muito superior a qualquer captação "fria", ou que aquilo ali só é valido naquele contexto.

Outra etiqueta que deveria ser adotada nesse novo contexto é a concessão/propriedade das fotos. Por um lado, se ficamos na nóia de querer ter o controle sobre nossa imagem, vamos viver infernizados por esse batalhão de maquinas digitais que a todo momento pipocam flashes em nossas caras. Assim como devemos evitar ser o chato que fica exigindo as fotos de qualquer um que as tirou. Do outro lado, quem tira deve ter a cortesia de presentear ou mostrar as fotos pra quem foi clicado. E acho muito normal, educado e correto dar a opção da pessoa clicada aprovar ou não as fotos. Comigo é assim, se a pessoa diz "nao gostei, deleta", deleto sem nenhum problema, sem pedir nenhuma explicação. Afinal, as fotos servem pra isso, pra serem agradáveis de se ver no futuro (pra todos os envolvidos, claro). Combinado?



PS: para refletir: Se queixar de "nao ser fotogênico" é quase o mesmo que dizer "prefiro ser bonito em foto do que na vida real".. ;) Portanto, acho muito mais vantagem nao ser fotogenico!
Para refletir no.2: Se nos achamos feios em fotos que os outros nos acham bonitos, não é sinal de que temos que fazer as pazes com nossa imagem ou simplesmente nos acostumar com ela registrada? ;)

domingo, 8 de junho de 2008

receita pra fabricar endorfinas naturais

Ahhh, endorfinas... Elas fazem tudo parecer (ainda) melhor, tudo mais lindo, mais prazeroso. Elas podem vir naturalmente ou por indução química. Mas existem práticas que estimulam o cérebro a produzi-las, e vou contar uma, afinal o caminho sem atalhos é muito mais saudável e não tem contra-indicações. ;)

Exercicio para endorfinas numero 1:
- Saia de casa, já pensando em ir fazer algo muito bom pros seus sentidos
- Faça algo que goste muito.. como tomar um suco, um sorvete. Voce vai tirar aquele momento para apenas um objetivo: desfrutar totalmente daquele prazer.
- É muito importante tirar do pensamento qualquer coisa do passado ou qualquer plano pro futuro. Não percebemos, mas quando fazemos algo, mesmo as coisas mais prazerosas, estamos sempre com "o que vem depois?" na cabeça, e é claro que isso desconcentra de aproveitar o prazer do presente. Desacelerar é essencial pra curtir os melhores prazeres da vida.
- É muito importante procurar sentir gratidao por estar vivendo aquilo.. isso vai fazer voce achar a experiencia ainda melhor, até chegar a um ponto de voce sentir prazer simplesmente por existir e ter o privilégio de estar vivenciando aquilo.
- Estenda um pouco mais a fabricação de endorfinas: Saia andando pelas ruas, de preferencia ruas que voce goste e ache bonitas, muito devagar, elimine qualquer pressa... e contemplando toda aquela paisagem, as pessoas e até os pontos que normalmente as pessoas nao admiram: o caos urbano, a tecnologia, a pressa das pessoas. Se for um lugar silencioso, vale tambem colocar uma musiquinha - que te conforte muito - nos fones.
- Tire qualquer conflito, incompreensao ou ódio da cabeça. Aceite o mundo como ele é, tolerando detalhes pequenos se pode realmente amar o todo. O segredo do hedonismo está em relaxar. ;)

Garanto que com esse exercício de auto-sugestão os resultados serão surpreendentes. E não precisa treinar pra ser capaz, basta ter realmente vontade que a primeira vez já será uma experiencia compensadora.

sábado, 7 de junho de 2008

para pensar...


O planeta Terra existe há cerca de 4,5 bilhões de anos. Essa quantidade de tempo é inconcebível para nós, com a passagem tão breve por aqui. Por isso vamos redimensionar: dividindo esse número por 100.000.000, podemos pensar na terra, a título ilustrativo, como um indivíduo de 45 anos, e observar sua história:

Nada é conhecido do nosso planeta sobre seus primeiros 6 anos, e apenas vagas informações existem sobre os 35 anos que se seguiram. Só na idade de 41 anos a vida começou a se formar na Terra.

Os mamíferos primitivos surgiram há apenas um ano, ao nosso planeta alcançar 44 anos. Os grandes dinossauros se extingüiram há oito meses. Há cerca de 5 dias, surgiu o homo-erectus.

Os humanos modernos vivem na terra há quatro horas. Começamos a agricultura durante a última hora. A revolução industrial surgiu há apenas um minuto.

Durante esses últimos 60 segundos de tempo biológico, os humanos têm feito da Terra um lixo. Causamos a extinção de centenas de espécies de animais e causamos vários desastres ambientais na sede por dinheiro e combustível, sem contar nas armas quimicas e atômicas... Poluimos a atmosfera de gases nocivos e começamos o efeito estufa.

Conclusão: Somos crianças primitivas, e não sabemos sequer lidar com a tecnologia que nós criamos. Nosso mundo é competitivo e imediatista. Resultado: estamos cada vez mais envenenando nosso precioso mundo, sem respeito pelo que veio antes e virá depois.
A questão: O que você vai fazer a respeito disso?


(texto: eu mesmo. Fontes: wikipedia e greenpeace.)

xamanismos


O ritual xamãnico mais forte que vivi foi o da União do Vegetal. A Hoasca foi a substância mais agressiva ao meu corpo que eu já tomei (voce sente o corpo reagindo, barriga dura, enjôo, cérebro a mil por hora, literalmente esquentando), mas um dos enteógenos mais úteis no auto-conhecimento.

É como se todos os "tijolos" do seu cérebro fossem lançados pra cima, e depois assentando novamente. Nesse intervalo, mil e uma coisas passaram pelo pensamento, e tive que selecionar uma ou duas, se não minha mente ficaria rodando que nem uma roleta fora de controle. O mais interessante é que voce pode ver tijolos que tavam sedimentados lá embaixo, ou seja: encarar problemas que tão rolando "debaixo do tapete", para os quais normalmente a gente faz vista grossa, prefere não encarar. Estar de cara-a-cara com essas questões é essencial, e o Hoasca é apenas mais uma boa ferramenta, se a gente vai com intuito de usa-la pra auto-análise.

Enquanto isso o mestre (no caso, o Xamã) guiava a viagem, colocando músicas, deixando as pessoas o mais tranquilas possiveis e propondo temas. Não cheguei a ter alucinações de olhos abertos, mas quando fechava via imagens tridimensionais alaranjadas. Visualizei que aqui na terra somos como formiguinhas que, sem sentir, canalizam energia para um único ponto na terra; via como milhares de fiozinhos luminosos caminharem diretamente em direção a esse ponto, um imenso facho de energia laranja que subia pra algum lugar no universo, como que pra alimentar uma "central" de energia (quem sabe é o "Deus"? Ou o sopão energético? ;)). Ou seja, a sensação de UNO, de que a vida é uma só e todos somos parte desse grande organismo, foi marcante.

Quanto ao que tava "debaixo do tapete", saí dessa experiencia vendo melhor o quanto eu sou fechado, e que o principal a ser trabalhado em mim é o esvaziamento do ego e a troca com o mundo. Desde então vi bem melhor que o isolamento nos deixa muito ilhados.. o sentido da vida é trocar, a melhor terapia é interagir. Justamente porque somos uma coisa só, e quem se afasta dessa natureza pode se tornar uma espécie de "cancer", por não estar em sintonia com o UNO.

Semana que vem passo por mais uma experiência enteógena, de uma linhagem diferente, mas bstante rústica e natural tambem. Vamos ver o que acontece.