quarta-feira, 25 de junho de 2008

tocando em barcelona


O dia de San Juan (24) eh um evento muy, muy tradicional, que marca o comeco de verao pelo menos aqui na catalunia. Eh tao forte a data que todo mundo se joga nas pantufas de jaca; tanto que eh a unica noite comparada com reveillon: se pode fazer festa e musica sem limite de horario. Mas eu ainda nao sabia disso. E como minha amiga e anfitria Mar ia fazer uma reuniao com amigos dia 23 (segunda) que comecaria as 21h e que teria uma roda de choro, me ofereci pra tocar antes e depois do chorinho. Por supuesto que uma reuniao light acabou virando uma festa e so consegui parar quase as 6 da manha! Na ultima hora foi so audicao, todo mundo deitado apreciando vinicius, tom, miucha, jao gilberto, sarah vaughan, ramsey lewis e miles davis, vendo o dia nascer.

Justamente no dia seguinte ia fazer meu live - um dos piores dias do ano, pois todo mundo estava quebrado, ainda mais depois do fim de semana no Sonar. o Brazelona Sessions teve metade da sua lotacao habitual, tambem porque o evento nao teve cartaz, divulgacao e sequer uma informacao na porta, nem o pessoal sabia que atracoes teria, mas acabei fazendo um set divertido, dividindo com a Djiiva, uma DJ brasileira que toca black grooves e musica brasileira. Fora por amigos estarem la dando um apoio moral, me amarrei tambem porque gente que eu admiro profissionalmente como o DJ Nickodemus viu o meu live. Nao serviu tanto como termometro ou referencia por ser uma noite muito atipica, acho que vou comecar a sentir mesmo a reacao das pessoas sexta, em valencia, pois sera uma festa bem maior. 

turistando

Depois da minha experiencia extra-sensorial-emotiva-telepatica no Palau de musica catalana, hoje fui ao museu Miro. Realmente as pessoas deveriam ganhar uma dose de LSD na entrada. As obras do Mimi sao de uma psicodelia primitiva enorme, como raios x psicanaliticos de sua mente (falo mais sobre arte X inconsciente num proximo post). Gostei mais das esculturas dele, mas num plano geral, sem querer comparar mas ja comparando, prefiro uma psicodelia mais trabalhada, como a de Dali. Mas valeu muito a pena, ate porque fica num bairro lindissimo, onde fiquei viajando depois por horas. Afinal, tinha entrado na onda psicodelica pra tentar compreender o Miro, e lhes confidencio que viajei muito mais na vegetacao dos parques ao redor do que no Miro em si...

Um comentário:

Anônimo disse...

montjüic é TUDO! você esbarrou com essa linda por lá? http://flickr.com/photos/jcoccarelli/304162100/in/set-72157602955717840/